O ministro da Saúde destacou, em entrevista, a intenção de realizar uma vacinação em massa com doses únicas do imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, com previsão para 2026. Ele enfatizou a importância da parceria entre o ministério e o instituto no desenvolvimento da vacina, que já passou por testes. A expectativa é que, a partir do próximo ano, a vacina esteja disponível para campanhas de vacinação em larga escala. Enquanto isso, ele alertou que a população deve continuar a se concentrar na prevenção do mosquito transmissor da dengue, que encontra-se nas residências.
Atualmente, a vacinação contra a dengue segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, que prioriza a imunização de grupos específicos, requerendo a aplicação de duas doses do imunizante. O produto brasileiro ainda aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para seu registro. O Instituto Butantan estima que fornecerá um milhão de doses em 2025 e 100 milhões em 2027, porém, a liberação é condicionada à autorização da Anvisa.
As declarações do ministro ocorrem em um contexto crítico da dengue em São Paulo. Recentemente, uma pesquisa revelou que 89% dos hospitais particulares do estado relataram um aumento nas internações por dengue nas duas semanas anteriores. Os dados foram coletados entre 25 de março e 7 de abril. O estado de São Paulo representa atualmente mais de 70% das mortes associadas à doença, evidenciando um aumento significativo nos casos de dengue. O ministério afirma que tem fornecido suporte com exames e insumos, além de estar preparado para ajudar municípios e o estado conforme necessário.
O ministro também visitou o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas em São Paulo. Durante a visita, que contou com a presença do presidente do InCor, foram discutidas as instalações da unidade, e o ministro fez uma palestra para alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Na ocasião, ele anunciou planos para expandir as instalações do instituto, destacando a importância do apoio do InCor às UTIs de maternidades, que resultaram em uma significativa redução na taxa de mortalidade. A expansão planejada visa garantir um atendimento médico mais eficiente em todo o país.