O indivíduo condenado por múltiplos homicídios em Alagoas, identificado como Albino Santos de Lima, recebeu uma sentença de 37 anos de prisão. O veredicto foi proferido após um júri popular que ocorreu em Maceió. Os jurados refutaram a tese apresentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas, levando à condenação do réu por homicídio duplamente qualificado em relação à vítima Emerson Wagner da Silva, além de tentar assassinar outro jovem.
Durante o processo, foi destacado que o crime teve origem em um desentendimento entre Albino e Emerson, que questionou o réu acerca de uma tentativa de invasão à residência da namorada. O promotor Thiago Riff mencionou que a adolescente em questão apresentava um perfil que se assemelhava ao de outras vítimas já assassinadas por Albino, o que pode explicar a tentativa de invasão à residência, a qual não foi bem-sucedida devido à porta estar trancada.
No júri, foram convocadas três testemunhas: um sobrevivente que descreveu a dinâmica do crime, além da ex-esposa e do genro da ex-companheira, ambos reportando o comportamento agressivo de Albino Santos.
A identificação de Albino Santos de Lima, de 47 anos, como responsável por uma série de assassinatos em Maceió ocorreu após uma investigação minuciosa conduzida pela Polícia Civil de Alagoas e análises periciais do Instituto de Criminalística. Ele é considerado o mais notório assassino em série da história do estado. A Polícia Civil informou que todas as vítimas de Albino tinham menos de 25 anos.
O réu foi registrado em fotografias em cemitérios onde suas vítimas foram sepultadas, onde chegou a tirar selfies junto às lápides. Ao todo, são atribuídas a ele 18 mortes, das quais 16 foram confessadas. Os crimes ocorreram entre 2019 e 2024. Em um dos depoimentos, Albino afirmou que cometeu um assassinato estando “possuído” e sob ordens do “Arcanjo Miguel”, que, segundo ele, o incentivava a visitar cemitérios e registrar imagens dos túmulos das vítimas.
O caso em questão se refere a um crime ocorrido em 21 de junho de 2024, no bairro Ponta Grossa, na periferia de Maceió. Durante o incidente, conforme a denúncia do Ministério Público de Alagoas, o réu estaria na casa de uma mulher e solicitou ajuda ao namorado dela, Emerson Wagner da Silva. Ao perceber que estava sendo seguido ao deixar o local, Albino disparou contra Emerson e um amigo deste. Emerson foi atingido pelos tiros, enquanto o amigo conseguiu escapar.
