As urnas foram abertas no Equador neste domingo, e os eleitores participam do segundo turno das eleições para a presidência. A disputa é considerada intensa entre o atual presidente, Daniel Noboa, que argumenta a necessidade de mais tempo para enfrentar o crime organizado e estimular a economia, e a candidata da esquerda, Luisa González, cuja vitória representaria o retorno às políticas socialistas que marcaram uma década de governo anterior.
Nos últimos cinco anos, o país enfrentou um aumento alarmante nos índices de crimes, incluindo assassinatos, contrabando de armas, roubo de combustíveis e extorsão. Esses crimes têm ligações com grupos criminosos locais e o envolvimento de cartéis mexicanos, assim como a máfia albanesa, em meio a um cenário econômico já fragilizado pela pandemia, que resultou em um aumento significativo do desemprego.
Daniel Noboa, que ocupa a presidência há pouco mais de 16 meses, terminou o primeiro turno das eleições com uma vantagem mínima de apenas 16.746 votos em relação à sua adversária. As pesquisas apontam que a eleição pode ser decidida por qualquer um dos candidatos, refletindo o clima de incerteza entre a população.
Ambos os concorrentes solicitaram que seus observadores estivessem alertas para possíveis irregularidades durante a votação. Cada candidato mobilizou uma rede de mais de 45 mil observadores que estarão presentes nos locais de votação para garantir a transparência do processo eleitoral.