18 abril 2025
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Daniel Noboa conquista a reeleição e segue como presidente do Equador

O Conselho Nacional Eleitoral do Equador anunciou a reeleição de Daniel Noboa no pleito presidencial realizado no domingo, dia 13. A confirmação foi feita após a apuração de mais de 90% das urnas. Noboa, representando o partido Ação Democrática Nacional, de orientação centro-direita, obteve 55,86% dos votos apurados, enquanto sua concorrente Luísa Gonzalez, do partido Revolução Cidadã, alinhado à esquerda, recebeu 44,14% dos votos até o momento da confirmação.

Na véspera da eleição, o presidente Noboa implementou um estado de exceção em sete das 24 províncias do país, incluindo a capital, Quito, e todos os estabelecimentos prisionais. Esta ação foi motivada pelo aumento da violência associada ao tráfico de drogas, que se tornou uma das principais preocupações nacionais. O estado de exceção terá duração de 60 dias, conforme o decreto assinado pelo presidente, que aponta a necessidade de agir em resposta ao “crescimento da violência, da criminalidade e à intensificação de atos ilícitos perpetrados por grupos armados organizados”.

Com a implementação do estado de exceção, Noboa decidiu suspender direitos como a inviolabilidade do domicílio e correspondência, além de restringir a liberdade de reunião. Um toque de recolher noturno também foi estipulado em diversas localidades das províncias de Guayas, Los Ríos, Orellana, Sucumbíos e Ponce Enríquez, com a intenção de conter a violência.

Esta eleição marcou a segunda vez que Daniel Noboa e Luísa González competiram em um segundo turno para a presidência, seguindo um cenário similar em 2023, quando Noboa foi eleito. O atual pleito apresentou uma disputa bastante acirrada, com os candidatos aparecendo empatados em pesquisas de intenção de voto. De acordo com uma pesquisa da Comunicaliza, divulgada em 3 de abril, Noboa liderava com 50,3% das intenções de votos válidos, enquanto Luísa González contava com 49,7%.

As visões para o futuro do país propostas pelos candidatos divergem significativamente. Daniel Noboa defende uma abordagem neoliberal em relação à economia, com ênfase na segurança e na adoção de políticas rigorosas contra o narcotráfico. Por outro lado, Luísa González, apoiadora do ex-presidente Rafael Correa, propõe um papel mais ativo do Estado na economia, com foco na promoção da “justiça social”.

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