16 abril 2025
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Mercado Financeiro Aumenta Expectativas para PIB, Mas Sustenta Previsões de Inflação e Taxas de Juros

A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025 foi ajustada de 1,97% para 1,98%, conforme indicado pelo Boletim Focus, que foi publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira (14). Além disso, para o ano de 2026, a projeção também foi revista, passando de 1,60% para 1,61%. As expectativas de crescimento para os anos subsequentes, 2027 e 2028, permanecem estáveis em 2%. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 já foi contabilizado e apresentou um aumento de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento da economia nacional.

A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que representa a inflação oficial do Brasil, foi mantida em 5,65% para 2025, que ultrapassa o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. As previsões para os anos seguintes indicam inflação de 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,79% em 2028. Em março, a inflação mensal atingiu 0,56%, sendo impulsionada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos. No acumulado de 12 meses, o IPCA é de 5,48%.

A taxa básica de juros, a Selic, é projetada para encerrar 2025 em 15% ao ano, conforme as expectativas do mercado, mantendo a mesma previsão por 14 semanas consecutivas. No momento, a taxa se encontra em 14,25%. A expectativa para 2026 é uma redução para 12,5%; em 2027, para 10,5%; e em 2028, para 10%. O Banco Central implementou um aumento na taxa em março, elevando-a em um ponto percentual, o que representa o quinto aumento consecutivo nesse ciclo de aperto monetário. Em uma declaração, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que as pressões inflacionárias continuam, especialmente no setor de serviços, e indicou a possibilidade de novos aumentos, embora em um ritmo reduzido.

A Selic é o principal mecanismo empregado pelo Banco Central para gerenciar a inflação. Taxas de juros mais elevadas dificultam o acesso ao crédito, diminuem o consumo e tendem a conter a inflação. No entanto, taxas altas também têm o potencial de restringir o crescimento econômico.

A projeção para o câmbio em 2025 permanece em R$ 5,90. Para 2026, houve uma leve redução na expectativa, de R$ 5,99 para R$ 5,97. As previsões para os anos posteriores apontam para um dólar a R$ 5,89 em 2027 e R$ 5,84 em 2028. O Boletim Focus, que é publicado semanalmente pelo Banco Central, compila as estimativas de mais de cem economistas de instituições financeiras a respeito dos principais indicadores econômicos do Brasil.

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