A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) decidiu, na segunda-feira (14), afastar o advogado e procurador da Casa, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que está sendo investigado pelo assassinato de Ney Muller Alves Pereira, um homem em situação de rua de 42 anos. O crime ocorreu na última quarta-feira (9), em Cuiabá, onde a vítima foi morta com um tiro no rosto. A decisão de afastamento foi oficializada pelo presidente da ALMT e divulgada no Diário Oficial do estado. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) também participou do processo de afastamento. O salário-base de Luiz Eduardo na Assembleia era de R$ 44.024,52, conforme informações do Portal da Transparência.
O advogado foi preso na quinta-feira (10), após se apresentar voluntariamente à polícia com seus advogados. O juiz João Bosco Soares da Silva, durante a audiência de custódia, decidiu que, devido à sua profissão, Luiz Eduardo deve ser transferido para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, localizada em Rondonópolis, distante cerca de 200 quilômetros da capital, onde existem condições adequadas para sua detenção.
Segundo a defesa, o crime não teria sido premeditado e não se tratou de uma execução. De acordo com a versão apresentada, Ney teria danificado o veículo de Luiz Eduardo e de outros clientes em um posto de gasolina nas proximidades do local do crime. Registros de câmeras de segurança capturaram o momento em que Ney foi chamado e, em seguida, foi atingido por um disparo no rosto. A Polícia Militar recebeu a chamada para a ocorrência por volta das 21h, na Avenida Edgar Vieira, adjacente à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
