16 abril 2025
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Ação Judicial nos EUA Contesta Aquisição do Instagram e WhatsApp pela Meta

Mark Zuckerberg, executivo da Meta, foi convocado a depor em um tribunal de Washington, onde se iniciou o julgamento após a ação da Federal Trade Commission (FTC) em 2020. Essa ação acusa a Meta, antes conhecida como Facebook, de adquirir o Instagram e o WhatsApp com o intuito de eliminar a concorrência e, assim, manter seu monopólio nos serviços de redes sociais. A FTC alega que, durante mais de dez anos, a Meta exerceu controle exclusivo sobre essas plataformas nos Estados Unidos. A defesa de Zuckerberg deve argumentar que esses aplicativos tornaram-se essenciais devido aos investimentos realizados pela empresa.

O advogado da FTC, Daniel Matheson, ressaltou que a estratégia da Meta foi evitar a concorrência através de aquisições, em vez de competir diretamente com rivais. Por outro lado, o advogado da Meta, Mark Hansen, defendeu que a compra de empresas para fortalecer sua posição no mercado não é ilegal nos Estados Unidos. O julgamento, presidido pelo juiz James Boasberg, poderá resultar na separação da Meta do Instagram e do WhatsApp, caso a FTC prove suas alegações de práticas monopolistas.

A ação legal contra a Meta é uma das cinco maiores movidas contra empresas de tecnologia nos Estados Unidos, relacionada à alegação de abuso de poder econômico. Durante as próximas oito semanas, a FTC deverá apresentar evidências sobre a aquisição do Instagram em 2012 por cerca de um bilhão de dólares e do WhatsApp em 2014 por cerca de 19 bilhões de dólares, em um esforço para comprovar que essas compras prejudicaram a concorrência.

A FTC afirmou que a Meta monopoliza a comunicação social, permitindo que as pessoas se conectem com amigos e familiares. Em contrapartida, a Meta argumenta que suas redes sociais, apesar de possuírem características distintas, enfrentam concorrência de plataformas como YouTube e TikTok, que são vistas como serviços de entretenimento e não diretamente como concorrentes nas redes sociais.

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