O médico cardiologista Leandro Echenique, responsável pelo acompanhamento de Jair Bolsonaro, divulgou na tarde desta segunda-feira (14) que o paciente permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ser submetido a uma cirurgia considerada de alta complexidade. O procedimento visou liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. O cardiologista destacou a relevância dos cuidados no pós-operatório e alertou sobre os riscos de complicações que podem surgir nesta fase.
De acordo com o especialista, a operação ocorreu dentro do esperado, sem complicações imediatas. Contudo, devido à extensão e complexidade da cirurgia, que durou 12 horas, há uma tendência do organismo do paciente a desenvolver uma resposta inflamatória significativa. Isso pode acarretar uma série de eventos adversos no pós-operatório.
Durante esse período crítico, algumas intercorrências potenciais foram detalhadas: aumento do risco de infecções, necessidade de medicamentos para controle da pressão arterial, um maior risco de problemas de coagulação sanguínea e possíveis complicações pulmonares. O médico explicou que, em operações extensas como essa, os vasos sanguíneos tendem a dilatar devido ao processo inflamatório, o que requer medidas específicas de controle. Além disso, há preocupação com a função pulmonar, pois algumas áreas dos pulmões podem ser impactadas durante o procedimento.
Echenique enfatizou que todas as precauções estão sendo adotadas com o objetivo de minimizar os riscos. A permanência de Bolsonaro na UTI é uma parte essencial deste protocolo de cuidados intensivos, possibilitando monitoramento constante e intervenções rápidas, se necessário.