18 abril 2025
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Europa enfrenta as piores inundações em uma década em 2024, revela estudo.

A Europa viveu, no ano passado, as inundações mais severas desde 2013, com aproximadamente 30% da rede fluvial do continente submetida a enchentes significativas. Essa afirmação foi divulgada por cientistas, que também destacaram que as mudanças climáticas decorrentes da queima de combustíveis fósseis continuaram a promover chuvas intensas e outros fenômenos climáticos extremos. Em 2024, as inundações resultaram na morte de pelo menos 335 pessoas e afetaram mais de 410 mil indivíduos, conforme informações do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia e da Organização Meteorológica Mundial. A região mais prejudicada foi a Europa Ocidental, que registrou 2024 como um dos dez anos mais chuvosos desde 1950. As tempestades e as inundações emergem como os eventos climáticos extremos mais onerosos da Europa, acarretando danos superiores a 18 bilhões de euros.

A nível global, 2024 se destacou como o ano mais quente desde o início das medições, estabelecendo novos recordes também para a Europa, que é considerada a região que mais aquece no planeta. A temperatura média do planeta está agora aproximadamente 1,3 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, em grande parte em razão das mudanças climáticas induzidas pela atividade humana. A Secretária-Geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Celeste Saulo, ressaltou a importância de cada fração adicional de grau, já que isso potencializa os riscos para a vida, para as economias e para o meio ambiente.

O relatório também trouxe informações encorajadoras, como o fato de que as fontes de energia renováveis geraram um recorde de 45% da eletricidade consumida na Europa em 2024, e muitas cidades europeias estão implementando planos para se adaptar de maneira mais eficaz às mudanças climáticas. Contudo, eventos climáticos extremos foram amplamente examinados em todo o continente. No sudeste da Europa, ocorreu a maior onda de calor já registrada, com duração de 13 dias, enquanto as geleiras escandinavas encolheram nas taxas mais elevadas observadas. A escassez de chuvas e a seca afetaram consideravelmente a Europa Oriental, enquanto inundações severas devastaram áreas da Europa Ocidental.

Cerca de um terço da rede fluvial da Europa superou os limites de inundação “alta”, com 12% ultrapassando os níveis de inundação “severa” em 2024. As enchentes devastadoras em Valência, no final de outubro, foram responsáveis pela maioria das mortes e danos econômicos, com 232 vítimas fatais. No mês de setembro, a tempestade Boris trouxe as chuvas mais intensas já registradas na Europa Central, afetando países como Áustria, República Tcheca, Alemanha e Eslováquia. Cientistas confirmaram que as mudanças climáticas aumentaram a probabilidade desses eventos, uma vez que uma atmosfera aquecida pode reter mais umidade, resultando em precipitações mais volumosas. O nível de vapor d’água na atmosfera alcançou um recorde histórico em 2024. Outros fatores que influenciam as inundações incluem a gestão dos rios e o planejamento urbano, que determinam a construção de residências e infraestrutura em áreas suscetíveis a inundações.

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