A China designou um novo negociador comercial durante a ongoing guerra tarifária com os Estados Unidos. Li Chenggang, que anteriormente atuava como enviado à Organização Mundial do Comércio, substitui Wang Shouwen, de acordo com um comunicado do Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social. O ex-ministro assistente do Comércio cabe agora à função anteriormente exercida por Wang, que ocupava o segundo cargo no Ministério do Comércio desde 2022. Não há informações sobre o novo cargo de Wang, já que seu nome não aparece mais na liderança do ministério.
A mudança no quadro da alta administração do Ministério do Comércio coincide com uma fase de maior rigidez da China em relação à intensificação da guerra comercial com os EUA, originada pelas tarifas impostas por Trump sobre produtos importados da China. Essa troca também se dá em um contexto onde o presidente Xi Jinping realiza uma viagem ao Sudeste Asiático para fortalecer relações econômicas com países vizinhos, enquanto o impasse com os EUA persiste. O ministro do Comércio, Wang Wentao, integra a delegação de Xi em sua visita ao Vietnã, Malásia e Camboja nesta semana.
Especialistas do setor empresarial expressaram que a mudança foi inesperada e potencialmente disruptiva, dada a rapidez com que as tensões comerciais se intensificaram e a experiência anterior de Wang nas negociações com os EUA desde o primeiro mandato de Trump. Segundo um assessor sênior de um centro de pesquisa, a alteração pode indicar que a liderança chinesa percebe a necessidade de um novo enfoque para desencadear negociações, considerando a escalada contínua das tensões entre os dois países.
Diferente de outras nações que optaram por estabelecer acordos bilaterais em resposta às tarifas de Trump, a China optou por aumentar suas próprias tarifas sobre produtos norte-americanos, em vez de buscar negociações diretas. Recentemente, Washington afirmou que Trump estaria aberto a um acordo comercial com a China, embora tenha enfatizado que seria necessário que Pequim tomasse a iniciativa, alegando que a China teria interesse nos recursos financeiros dos EUA.