O Secretário de Segurança Pública de Ribeirão Pires, Sandro Torres Amante, e um Guarda Civil Municipal identificado como Gutembergue Martins Silva foram condenados a dois anos e onze meses de prisão. Eles foram encontrados culpados pelo furto de carne, dinheiro e outros itens de dois açougues na cidade. Na época dos crimes, Gutembergue ocupava o cargo de inspetor-chefe da Guarda Civil Municipal.
Além dos citados, outros quatro indivíduos foram mencionados em um documento obtido pelo Ministério Público. Os nomes mencionados incluem Carlos Douglas Furlani, Thiago Araújo Silva, Marcos Paulo Campanha e Marcelo Cruz Dellavali. Os delitos ocorreram em junho de 2018, quando o grupo subtraiu 15 kg de picanha, 10 kg de contrafilé, 12 kg de alcatra, um cofre e R$ 8.000,00 de um açougue da cidade. Em outra propriedade, o grupo levou 5 câmeras de vigilância, 1 gravador de DVD, 20 kg de carne bovina, 2 roteadores e R$ 20.000,00, somando valores em dinheiro e cheques.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, é afirmado que, entre junho de 2018 e abril de 2019, os envolvidos formaram uma milícia particular ou grupo para a prática de delitos, incluindo homicídios, furtos, corrupção passiva e extorsões. Segundo o órgão, os crimes foram planejados com a manipulação prévia das câmeras de segurança da cidade, evitando que os responsáveis fossem capturados durante as ações.
Sandro Torres Amante declarou sua inocência, afirmando ter uma carreira de 30 anos na Guarda Civil Municipal, com promoções ao longo de seu tempo de serviço e sem registros de processos disciplinares. Ele classificou a denúncia como infundada, ressaltando a falta de provas concretas que o incriminassem.
Atualmente, o secretário mantém seu cargo, uma vez que a defesa recorreu da condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As defesas dos outros acusados não foram localizadas até o momento. A Prefeitura de Ribeirão Pires e a Guarda Civil Municipal foram contatadas para comentar o caso, mas ainda aguardam retorno.