No estado do Rio de Janeiro, um total de 1.523 vidas foram perdidas em decorrência de desastres naturais, que incluem chuvas intensas, deslizamentos, enchentes e alagamentos. Este dado foi revelado em um estudo recentememte divulgado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), que foi publicado na revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa estimou que aproximadamente 49 mil anos de vida foram perdidos ao considerar a métrica de saúde pública que avalia o tempo de vida interrompido por mortes precoces. As mulheres foram identificadas como sendo o grupo mais afetado, assim como os residentes de cinco municípios específicos: Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Niterói e a própria cidade do Rio de Janeiro. Estes cinco municípios concentraram cerca de 79,3% das mortes registradas, evidenciando a necessidade de priorizar essas áreas em ações de prevenção e resposta.
Além das perdas humanas, os desastres provocaram um impacto financeiro significativo, gerando prejuízos materiais estimados em R$ 12 bilhões para o estado. Deste montante, a maior parcela, totalizando R$ 7,7 bilhões, refere-se a danos em unidades habitacionais, enquanto R$ 4 bilhões foram relacionados a obras de infraestrutura urbana. Tais prejuízos influenciam diretamente a vida cotidiana da população e a prestação de serviços essenciais, como saúde e educação. Segundo Roberta Fernanda da Paz de Souza Paiva, pesquisadora responsável pelo estudo, os impactos enfrentados pela população são de diversas naturezas e afetam diretamente o bem-estar, especialmente dos grupos mais vulneráveis. Ela destaca que a identificação de áreas e grupos em situação de vulnerabilidade é crucial para a elaboração de políticas públicas mais eficazes.
A comunicação com o governo do estado do Rio de Janeiro foi realizada pela CNN, mas não houve resposta até a conclusão desta matéria. O estudo foi previamente compartilhado com a CNN pela Agência Bori.