Hoje, 18 de abril, é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil, data que marca o nascimento de Monteiro Lobato, um dos autores mais renomados de literatura para crianças no Brasil. Essa comemoração é um reconhecimento da relevância das obras de Lobato, que se destacaram por sua inovação ao entrelaçar realidade e fantasia. Além disso, a data visa prestar homenagem a outros escritores que também contribuíram significativamente para a literatura infantil, como Lygia Bojunga e Ana Maria Machado.
Várias obras de Monteiro Lobato, ao longo dos anos, têm encantado diversas gerações de leitores, sendo frequentemente adotadas por educadores para abordagens variadas em sala de aula. Entre os livros que se destacam na literatura infantil brasileira, estão os seguintes:
“Reinações de Narizinho” (1931), de Monteiro Lobato, é o primeiro volume da série do Sítio do Picapau Amarelo. Este livro narra as aventuras dos personagens Emília, Narizinho e Pedrinho no Reino das Águas Claras. Uma edição de 2019, organizada por Marisa Lajolo, professora e crítica literária, fornece uma nova perspectiva, contextualizando e debatendo questões controversas relacionadas à obra.
“A Bolsa Amarela” (1976), de Lygia Bojunga, aborda a história de Raquel, que esconde em sua bolsa amarela três grandes desejos: crescer, ser menino e tornar-se escritora. Temas como solidão, igualdade de gênero, democracia e direitos individuais são tratados de forma sutil no texto.
“A Droga da Obediência” (1984), de Pedro Bandeira, apresenta os personagens de “Os Karas”, um grupo de amigos que se unem para investigar o desaparecimento de estudantes em São Paulo, enfrentando o temoroso Doutor Q.I. Este enredo é ainda mais intrigante pelo fato de se ambientar em uma época anterior ao uso celular e à internet.
“Marcelo, Marmelo, Martelo” (1976), de Ruth Rocha, é o primeiro livro da série Marcelo, amplamente recomendado por educadores. O texto destaca a importância do questionamento crítico e da observação de diferentes perspectivas.
“Ou Isto ou Aquilo” (1964), de Cecília Meireles, ficou marcado por ser uma obra essencial na poesia brasileira, apresentando poemas que refletem o cotidiano sob a ótica infantil.
“Menina Bonita do Laço de Fita” (1986), de Ana Maria Machado, é um dos cinco livros mais retirados das bibliotecas do Serviço Social do Comércio (Sesc). A narrativa, que conta a história de um coelhinho branco que se encanta com uma menina negra, celebra a diversidade e a beleza das diferentes identidades.
“O Meu Pé de Laranja Lima” (1968), de José Mauro de Vasconcelos, é um clássico que já foi adaptado para diversas mídias, incluindo televisão e cinema. Este livro discute a importância da fantasia na infância e seu papel no processo de amadurecimento pessoal.
Essas obras representam um legado significativo na literatura infantojuvenil brasileira, mostrando a riqueza e a diversidade de temas tratados para o público jovem.
