19 abril 2025
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Conflitos em Alta: Ucrânia e EUA na Era Trump e Zelensky

Na quinta-feira, 17 de agosto, a Ucrânia e os Estados Unidos formalizaram um memorando de entendimento relacionado ao acordo de minerais, possibilitando que o governo americano tenha acesso a recursos de terras raras presentes no subsolo ucraniano. O anúncio foi feito pela vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, que enfatizou que essa iniciativa representa o “trabalho colaborativo de nossas equipes” e a intenção de concretizar um acordo benéfico para ambos os países. Ela também ressaltou a importância do investimento dos EUA em uma Ucrânia “livre, soberana e segura”.

A vice-primeira-ministra informou que um Fundo de Investimentos para a Reconstrução da Ucrânia está sendo preparado, e que o novo acordo irá viabilizar oportunidades para investimentos significativos, além da modernização da infraestrutura e da criação de uma parceria vantajosa entre a Ucrânia e os Estados Unidos. “Esse é o objetivo em que nossa equipe está concentrada ao trabalhar no documento”, disse Svyrydenko.

Svyrydenko ainda mencionou que o próximo passo envolve a conclusão do texto do acordo e a sua posterior assinatura, seguida da ratificação por parte dos parlamentos. Ela agradeceu às equipes técnicas de ambos os países pelo trabalho profissional e eficiente.

Em fevereiro, um encontro entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcado por uma discussão tensa. Durante essa reunião, o presidente Trump acusou Zelensky de atuar de maneira imprudente em relação à Terceira Guerra Mundial e de não demonstrar gratidão pelo apoio americano em meio ao conflito com a Rússia, relação que Trump vinha buscando aprimorar desde que reassumiu a presidência.

Após a discussão, uma coletiva de imprensa programada para o final da reunião foi cancelada, assim como a assinatura do acordo sobre minerais, que permitiria aos EUA a exploração de terras raras na Ucrânia. O acordo havia sido visto como uma compensação exigida por Trump em troca de assistência militar. A Ucrânia possui depósitos de 22 dos 34 minerais considerados “críticos”, conforme informações locais, incluindo metais preciosos, materiais de construção e ferroligas.

Quanto ao conteúdo do acordo, Svyrydenko não forneceu detalhes específicos sobre os termos do documento revisado. Na versão anterior, estava previsto que os Estados Unidos e a Ucrânia criassem um fundo de investimento voltado para a reconstrução, que teria como objetivo coletar e reinvestir receitas de fontes ucranianas, com a contribuição da Ucrânia limitando-se a 50% da receita, após a dedução das despesas operacionais, até atingir um total de 500 bilhões de dólares. Em contrapartida, Washington se comprometeria financeiramente a longo prazo para apoiar o desenvolvimento de uma “Ucrânia estável e economicamente próspera”.

No contexto das negociações pelo cessar-fogo e do pacto sobre minerais, o presidente dos Estados Unidos decidiu suspender temporariamente o fornecimento de armamentos e munições, além do compartilhamento de informações de inteligência com o Exército ucraniano, ocorrendo no mês anterior. Diante dessa pressão, a Ucrânia viu-se compelida a avançar com o acordo, optando por assinar primeiro um memorando de entendimento e deixar a assinatura de um acordo detalhado para um momento posterior, aliviando temporariamente as exigências de Trump.

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