O ministro japonês Katsunobu Kato deve reiniciar as discussões com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial que ocorrerão na próxima semana em Washington.
O Japão está avaliando a possibilidade de aumentar suas importações de soja e arroz como parte das negociações comerciais em curso com os Estados Unidos, relacionadas às tarifas impostas pela administração do presidente Donald Trump. Esta iniciativa surge em meio à agitação nos mercados financeiros e preocupações com uma potencial recessão, levando Tóquio a tentar reverter tarifas “recíprocas” e outras taxas que afetam o comércio, assim como muitos outros países.
Na primeira rodada de negociações bilaterais, realizada na quarta-feira, representantes dos Estados Unidos identificaram veículos e arroz como setores onde o Japão, segundo suas alegações, impõe barreiras ao mercado. Eles também pediram ao Japão que aumentasse suas importações de carne, produtos do mar e batatas, conforme reportado por fontes não identificadas. O gabinete do governo japonês não estava disponível para comentar sobre a situação no momento.
Após as negociações, o presidente Trump destacou um “grande progresso” durante um encontro com o principal negociador japonês, o ministro da Revitalização Econômica Ryosei Akazawa, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre os resultados das discussões.
Espera-se que Kato, o ministro das Finanças, reinicie as conversas com Bessent, buscando novos entendimentos durante as reuniões em Washington. O Japão já enfrenta uma tarifa de 24% sobre suas exportações para os EUA, embora essa taxa tenha sido suspensa temporariamente por 90 dias, assim como outras tarifas impostas por Trump. No entanto, uma tarifa universal de 10% e uma taxa de 25% sobre automóveis, que são cruciais para a economia japonesa, permanecem em vigor.
Antes das tarifas de Trump, o Japão já estava aumentando suas importações de arroz, impulsionado por um aumento nos preços internos devido à escassez de oferta.
