O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por sua sexta cirurgia intestinal no dia 13 de agosto, realizada no Hospital DF Star. A internação foi necessária após o ex-presidente relatar fortes dores enquanto cumpria compromissos no Rio Grande do Norte no dia anterior, 12 de agosto. De acordo com o boletim médico divulgado no dia 19 de agosto, ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não há previsão para sua alta. A cirurgia, considerada de alta complexidade, durou aproximadamente 12 horas e teve como objetivo tratar um bloqueio intestinal causado por aderências, que são tecidos formados entre órgãos após procedimentos cirúrgicos.
A equipe médica que acompanha Bolsonaro informa que ele permanece na UTI e continua sem previsão de alta. O ex-presidente tem realizado tomografias de controle, cujos resultados não indicaram complicações. Durante o período de recuperação, ele publicou um vídeo nas redes sociais onde aparece fazendo fisioterapia no hospital. Desde o incidente em 2018, quando sofreu uma facada durante a campanha eleitoral, Bolsonaro já havia sido submetido a cinco cirurgias, e as complicações atuais têm relação com esse episódio.
A recuperação do ex-presidente tem sido considerada pelo corpo médico dentro das expectativas. Nos primeiros dias de internação, ele permaneceu sob observação na UTI, recebeu alimentação intravenosa e teve um monitoramento constante. Até o dia 19 de agosto, Bolsonaro ainda não havia iniciado a dieta oral, embora o hospital tenha relatado uma melhora em seu quadro geral. Exames recentes mostraram que o funcionamento do intestino está regular, um sinal positivo após a cirurgia. A partir do dia 16, ele começou a caminhar pelos corredores do hospital com auxílio de profissionais, uma atividade recomendada para prevenir novas complicações.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, o ex-presidente foi visto caminhando lentamente, acompanhado de sua esposa, Michelle Bolsonaro. Em suas mensagens, ele expressou gratidão pelo apoio recebido e afirmou estar otimista com sua recuperação. No dia 17, a equipe médica retirou parte dos curativos e constatou que a cicatrização está ocorrendo de forma normal. Bolsonaro não apresentou febre nem sinais de infecção, indicando uma reação positiva à cirurgia. No dia 18, os médicos relataram uma boa evolução clínica, afirmando que ele estava sem dor e sem intercorrências, complementando que os exames de tomografia não revelaram qualquer complicação.
Ainda que a recuperação esteja progredindo, os médicos não estipularam uma data específica para a alta hospitalar, prevendo que Bolsonaro permaneça internado ao menos até o início da próxima semana. A liberação da alimentação oral dependerá também do completo funcionamento do sistema digestivo. Esta foi a sexta cirurgia enfrentada pelo ex-presidente devido às sequelas da facada em 2018. Profissionais da saúde já haviam alertado anteriormente sobre a sensibilidade do abdômen de Bolsonaro, que, após múltiplas intervenções, apresenta um risco elevado de complicações, como obstruções e formação de novas aderências.
Nos arredores do hospital, apoiadores de Bolsonaro têm se reunido para demonstrar solidariedade. Cerca de 15 pessoas têm se revezado em orações e cânticos em sua homenagem, permanecendo no local até tarde, inclusive durante feriados. Bandeiras do Brasil e de Israel foram estendidas no jardim em frente à unidade hospitalar. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tem estado ao lado do ex-presidente nos últimos dias, restringindo visitas para evitar que ele se esforce e prejudique sua recuperação.
