21 abril 2025
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Cemig Investe em Nanossatélites para Proteger Redes de Alta Tensão contra Invasões

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está adotando tecnologias espaciais para salvaguardar suas redes de alta tensão contra ocupações irregulares. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de R$ 2 milhões em um sistema que utiliza imagens de nanossatélites para detectar construções que invadem as áreas de segurança ao longo das Linhas de Transmissão (LTs) e Linhas de Distribuição (LDs) em 774 municípios do estado.

O projeto utiliza a plataforma da Planet, uma empresa americana que opera uma constelação de mais de 130 nanossatélites Dove, os quais são capazes de produzir imagens diárias da área de concessão da Cemig. As imagens são processadas no Brasil pela empresa SCCON, que aplica algoritmos de inteligência artificial (IA) para mapear mudanças no uso do solo. De acordo com informações de um engenheiro de Transmissão da Cemig, a combinação de monitoramento via satélite e ações de campo tem proporcionado resultados significativos, evidenciando a eficácia da tecnologia de nanossatélites na gestão de ativos do setor elétrico.

Além desse monitoramento, a Cemig também está investindo em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), incluindo uma parceria com o Senai-SC para desenvolver uma plataforma nacional destinada ao processamento de imagens de satélite. A empresa reporta que as ocupações irregulares incluem desde condomínios de alto padrão até estabelecimentos comerciais e indústrias que constroem em áreas prohibidas.

O engenheiro ressalta que a fiscalização dessas áreas é crucial para garantir a segurança das pessoas, pois as ocupações irregulares podem levar a sérios riscos de acidentes elétricos. Ao identificar novas invasões, a companhia aciona os órgãos judiciais e notifica os responsáveis, com a intenção de conscientizá-los sobre os perigos associados a essas construções.

Além de identificar ocupações irregulares, a tecnologia de imagens satelitais está sendo utilizada para outras finalidades, como a classificação de tipos de solo, o monitoramento do crescimento da vegetação e a manutenção das faixas de servidão, assim como a supervisão de ocupações em áreas pertencentes a reservatórios de usinas hidrelétricas. Atualmente, um projeto piloto está sendo desenvolvido em duas linhas de transmissão — uma localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte e outra no Norte de Minas — com foco específico na fiscalização da limpeza das faixas de segurança.

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