A administração de Donald Trump nos Estados Unidos tem implementado uma estratégia que se estende além das instituições de ensino superior, alcançando uma variedade de setores e organizações. De acordo com um estudo realizado por um professor da Universidade Estadual da Louisiana, Trump parece estar impulsionando uma forma de revolução cultural no país. O foco do ex-presidente não se restringe à oposição à academia, mas reflete um desejo de exercer controle sobre áreas do poder que não estão sob sua influência direta. O professor afirma que Trump busca determinar as condições das universidades.
Essa abordagem representa uma alteração significativa na prática governamental, com possíveis consequências de longo prazo para as instituições americanas e a estrutura democrática do país. O clima de incerteza gerado por essa postura tem afetado profundamente as universidades. Como exemplo, menciona-se um financiamento federal de US$ 160 milhões concedido à Universidade Estadual da Louisiana em janeiro de 2024 para projetos relacionados à transição energética; no entanto, a continuidade deste recurso um ano depois permanece incerta.
Embora a Universidade de Harvard possua um patrimônio de US$ 50 bilhões, tem enfrentado cortes orçamentários que refletem essa instabilidade. Recentemente, centenas de pessoas se reuniram na instituição para protestar contra as ações de Trump, que chegou a descrever Harvard como uma “vergonha” e fez ameaças relacionadas à isenção fiscal da universidade. A situação atual traz uma insegurança que abrange o futuro dos recursos financeiros, com o professor destacando que não há clareza sobre se e quando esses fundos serão realmente disponibilizados.
A influência de Trump não se limita ao campo acadêmico. O professor também observa que o ex-presidente pretende exercer sua influência em diversas outras instituições, incluindo o Kennedy Center, um relevante espaço cultural localizado em Washington. Esta tendência de controle sobre organizações independentes tem suscitado preocupações não apenas na comunidade acadêmica, mas em múltiplos segmentos da sociedade americana. A estratégia parece visar a criação de um ambiente de incerteza generalizada, no qual Trump se sente mais à vontade para administrar.
