21 abril 2025
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América Latina Resistente: Como a Guerra Comercial de Trump Impacta Menos a Região

A América Latina pode ter menos prejuízos por conta da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, conforme a análise do presidente do Conselho Empresarial da América Latina. Durante um debate sobre a situação econômica global, foi destacado que países com cadeias produtivas mais extensas tendem a mostrar maior resiliência diante da volatilidade dos mercados internacionais. Essa avaliação foi feita em uma participação em um programa que abordou as dificuldades históricas da região, que enfrenta diversos problemas estruturais.

O especialista observou que nações com estruturas produtivas mais complexas, como Estados Unidos, China e Brasil, possuem uma relação de exportação e importação em função do Produto Interno Bruto (PIB) que não ultrapassa 25%. Essa característica não se deve ao fechamento econômico, mas sim à abrangência de suas cadeias produtivas. Ele enfatizou que os países mais impactados pela guerra comercial são aqueles com cadeias produtivas mais curtas, como a União Europeia, Japão e Coreia do Sul, destacando que a vulnerabilidade recai sobre aqueles com cadeias mais limitadas.

Dentro da América Latina, foi destacado o Brasil, junto com Argentina, Paraguai e Uruguai, e também o México, como economias que possuem cadeias produtivas mais longas. Essa característica pode proporcionar uma resistência mais sólida aos efeitos da guerra comercial no longo prazo. No entanto, apesar de um cenário aparentemente favorável, existem desafios internos que o Brasil precisa enfrentar, especialmente em termos de competitividade e produtividade, para tirar proveito das oportunidades que podem surgir nesse contexto global.

O presidente do Conselho Empresarial ressalta que setores como o agronegócio e a transformação energética em direção a uma bioeconomia apresentam boas perspectivas. Entretanto, é necessário prestar especial atenção à indústria, alertando que sem esforços intensos, o Brasil poderá perder competitividade. Ele conclui que é fundamental para o país identificar e priorizar as oportunidades que emergem neste cenário dinâmico. A relevância de ações estratégicas para o desenvolvimento econômico do Brasil é sublinhada, com uma advertência sobre a possibilidade de o país ficar para trás caso essas iniciativas não sejam implementadas.

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