21 abril 2025
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Descubra o que o filme ‘Conclave’ revela sobre a seleção do novo papa

Lançado em janeiro deste ano, o filme “Conclave”, dirigido por Edward Berger, recebeu aclamação no Oscar, conquistando o prêmio de melhor roteiro adaptado. A obra, inspirada no livro de Robert Harris, se passa na Capela Sistina, onde cardeais de diversas partes do mundo se reúnem para a eleição de um novo papa. A narrativa, imersa em mistérios, é fundamentada em pesquisas históricas, apresentando cenas que ilustram a votação sigilosa, as negociações entre facções com visões distintas e, por fim, a liberação da fumaça branca que sinaliza a escolha do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Com a recente morte do Papa Francisco, o filme voltou a ser discutido, suscitando debates que podem se refletir na atualidade.

Devido à natureza secreta da política papal, os contornos exatos dos grupos que se formam após a morte de Francisco são incertos. Contudo, é provável que surjam divisões similares às retratadas na obra cinematográfica. As discussões contemporâneas sobre os potenciais candidatos papais incluem cardeais progressistas que poderiam dar continuidade ao legado de Francisco, figuras moderadas que buscam a pacificação em meio às reformulações recentes e conservadores que se aderem às tradições mais antigas, como a missa em latim.

Com uma liderança de 12 anos, Francisco alterou significativamente o corpo eleitoral do Vaticano, tendo nomeado 110 dos 140 cardeais atualmente habilitados para votar. Portanto, a escolha de um conservador inflexível é considerada improvável, embora não se possa descartar essa possibilidade. Sendo o primeiro papa originário fora da Europa, Francisco promoveu uma maior diversidade geográfica entre os cardeais, uma vez que selecionou representantes de diversas regiões do mundo. Assim, o próximo conclave tem o potencial de ser o mais global de todos, com a possibilidade de que o novo papa venha de lugares que tradicionalmente são marginalizados, como a Ásia ou a África, regiões que apresentam algumas das principais apostas para o papado.

Entretanto, o próximo eleito não deve ser um cardeal enigmático que aparece inesperadamente na Capela Sistina, como retratado no filme. Cardeais mantidos em segredo (in pectore) realmente existem, e diversos papas têm nomeado cardeais dessa forma para honrar e recompensar clérigos, evitando conflitos diplomáticos ou perseguições em regiões hostis ao catolicismo. Por exemplo, o Papa João Paulo II fez várias elevações in pectore, revelando publicamente os cardeais posteriormente. Segundo as normas do Vaticano, é necessário que os cardeais sejam celebrados publicamente pelo papa que os nomeia para que possam fazer parte do Colégio Cardinalício e participar do conclave. No caso de Francisco, ele fez nomeações públicas de cardeais de diferentes partes do mundo, deixando um legado global que deverá influenciar a escolha do próximo papa.

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