Em entrevista sobre sustentabilidade, um cientista do Instituto de Energia e Ambiente da USP aborda a relação entre fenômenos climáticos extremos e as desigualdades sociais, econômicas e raciais no Brasil. Ele enfatiza que a fragilidade das políticas públicas contribui para o agravamento dos impactos climáticos. Um caso recente mencionado foi a tragédia em Porto Alegre, onde a falta de manutenção apropriada intensificou os danos provocados pelas enchentes.
O cientista destaca que, ao priorizar a adaptação nas políticas públicas, é possível reduzir os impactos das mudanças climáticas de forma significativa. Essa abordagem é essencial para proteger comunidades em situação de vulnerabilidade e mitigar os efeitos das injustiças climáticas. A recorrência de fenômenos climáticos extremos ao longo dos anos demonstra a persistência dessas desigualdades. Ele explica que as populações mais atingidas costumam ser aquelas com maior vulnerabilidade socioeconômica, refletindo desigualdades raciais e étnicas.
Como resposta a essa realidade, têm emergido movimentos relacionados ao racismo ambiental e à justiça climática. Esses grupos, predominante mente formados por jovens, manifestam sua preocupação com os riscos apresentados pelas mudanças climáticas para seu futuro, exigindo ações mais efetivas dos governos e da sociedade.
