Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) estão programados para realizar, nesta terça-feira, o julgamento de seis ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro. De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), esses indivíduos estão implicados em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Neste segundo julgamento, o STF examinará as acusações contra Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF); Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens; Fernando Oliveira, delegado da Polícia Federal; Marília Alencar, ex-diretora do Ministério da Justiça; e Mário Fernandes, ex-vice da Secretaria-Geral da Presidência.
A PGR descreveu esse grupo como o “Núcleo 2” da trama golpista, com a responsabilidade de gerenciar as ações que poderiam viabilizar o plano concebido pelo chamado “Núcleo crucial”, que tinha Bolsonaro à frente. A estrutura do julgamento seguirá o mesmo padrão do primeiro processo, que levou o ex-presidente e seus aliados a se tornarem réus por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento terá início na manhã desta terça-feira e poderá se estender até a manhã de quarta-feira, se necessário. O procedimento começará com a leitura do relatório por Alexandre de Moraes, seguida pela manifestação de Paulo Gonet e, então, pelas defesas dos denunciados, sendo que cada advogado contará com 15 minutos para apresentar seus argumentos.
O ministro Cristiano Zanin presidirá a sessão, que contará também com a participação dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Além disso, conforme divulgado, o Supremo intensificou as medidas de segurança para o julgamento, considerando que alguns denunciados, como Filipe Martins, acompanharão o processo presencialmente, assim como ocorreu anteriormente com Jair Bolsonaro.
