A morte do Papa Francisco foi confirmada na manhã de segunda-feira, 21 de outubro, pelo camerlengo do Vaticano, cardeal Kevin Farrell, às 5h (horário de Brasília), 10h em Roma. Farrell declarou: “Às 7h35 desta manhã (horário local), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja.” Após o falecimento do papa, a Santa Sé iniciou uma série de protocolos relacionados ao processo fúnebre e à eleição de um novo líder da Igreja Católica, que ocorrerá em um conclave. Até a escolha de um novo pontífice, o Vaticano será gerido pelo camerlengo, que desempenha funções semelhantes às de um assistente do papa.
As bandeiras na cidade eterna foram hasteadas a meio mastro, enquanto fiéis e turistas se agrupavam em frente à Basílica de São Pedro para prestar suas homenagens. No mesmo dia, a Santa Sé divulgou informações sobre a causa da morte, relatando que o papa sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e uma falência cardíaca irreversível, tendo entrado em coma antes de seu falecimento na manhã de segunda-feira.
Após o anúncio da morte, o cardeal Kevin Farrell trancou e selou a residência e os escritórios do papa Francisco para garantir que nada fosse removido ou alterado até a posse de um novo líder religioso. Os selos foram colocados no Palácio Apostólico como parte dessa medida.
A primeira missa de sufrágio em memória do pontífice foi realizada na Basílica de São João de Latrão, em Roma, às 14h de Brasília, 19h no horário local, presidida pelo cardeal Baldo Reina. O corpo do papa foi colocado em um caixão às 20h, horário local (15h em Brasília), após essa celebração. Na mesma noite, uma multidão se reuniu na Basílica de Santa Maria Maggiore para a segunda oração do terço em homenagem ao líder religioso, que será sepultado neste local.
Globalmente, várias homenagens reverberaram em memória de Francisco. Em Paris, as luzes da Torre Eiffel foram apagadas, enquanto em Buenos Aires, o Obelisco da capital argentina foi iluminado com uma projeção do rosto do papa, acompanhada por um símbolo de luto e a mensagem “rezem por mim”. Também houve celebrações religiosas em homenagem ao papa e diversas nações declararam luto oficial. Personalidades como o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, e o atual presidente, Donald Trump, expressaram suas condolências.
A partir de quarta-feira, 23 de outubro, iniciarão os rituais de velório aberto ao público. O cardeal Kevin Farrell iniciará o transporte do caixão do papa, que atualmente se encontra na capela da Casa Santa Marta, até a Basílica de São Pedro, com um momento de oração ao longo do percurso. A procissão seguirá pela Praça Santa Marta, passando pela Praça dos Protomártires Romanos e saindo pelo Arco dos Sinos em direção à Praça de São Pedro, onde o caixão será conduzido pela porta central da Basílica do Vaticano.
A missa de exéquias (cerimônia para católicos falecidos) será celebrada no sábado, 26 de outubro, às 10h no horário local (5h em Brasília), pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Esse evento marcará o início do Novendiali, período dedicado de nove dias de luto e oração em honra ao papa, que ocorrerá na Praça de São Pedro, em frente à Basílica. Posteriormente, o caixão será levado de volta para dentro da basílica e, em seguida, transferido para a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde ocorrerá a cerimônia de sepultamento.