O papa Francisco, que faleceu no dia 21 de outubro, manifestou uma aversão ao luxo e à ostentação. Ele fez um voto de pobreza, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis, seu homônimo e protetor dos animais. Isso ficou evidente até os seus últimos momentos, quando solicitou um caixão simples de madeira. Durante seus 12 anos como pontífice, recusou-se a utilizar uma cruz adornada com pedras preciosas, optando por uma de ferro. Além disso, evitou vestes extravagantes e sempre usou sapatos pretos, com sinais visíveis de desgaste.
Um episódio que gerou grande repercussão ocorreu em março de 2023, quando circulou nas redes sociais uma imagem do papa Francisco supostamente vestido com um casaco longo, estilo “puffer”, que não refletia seu estilo minimalista. Inicialmente, a imagem foi considerada real e enganou diversos veículos de comunicação, mas foi criada pelo artista Pablo Xavier utilizando inteligência artificial.
Essa representação ficaria mais apropriada se fosse relacionada ao antecessor de Francisco, o papa Bento XVI, que era conhecido por seu gosto pela moda e pela ostentação, frequentemente utilizando vestes luxuosas, incluindo aquelas bordadas em ouro. No início de seu papado, em 2005, ele trouxe ao Vaticano seus alfaiates, conhecidos por criar roupas de luxo para religiosos. A escolha dos notórios sapatos vermelhos, atribuídos à Prada, gerou controvérsias. A marca italiana e o Vaticano desmentiram essa associação, afirmando que “o papa não veste Prada, o papa veste Cristo”.
Dessa forma, as representações visuais de ambos os papas refletem diferenças marcantes em estilos e filosofias, evidenciando a simplicidade e a aversão ao luxo de Francisco em contrapartida ao gosto pela moda de Bento XVI.