O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, em seu discurso na Casa Branca, que acredita ter um entendimento com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a respeito da resolução da guerra na Ucrânia. Trump mencionou que tem encontrado mais dificuldades do que o esperado ao tentar dialogar com Zelensky. No entanto, outros membros da administração afirmaram que um acordo ainda é incerto e que as negociações de paz podem ser abandonadas se não houver progresso rapidamente.
Durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval, Trump afirmou que acredita que a Rússia está disposta a avançar em um acordo e mencionou que a obtenção de um consenso com Zelensky é fundamental. Ele expressou sua expectativa de que um acordo seja alcançado, reiterando a necessidade de economizar recursos, uma vez que a guerra envolve significativas questões humanitárias.
Ao ser questionado sobre a proposta dos Estados Unidos que reconheceria a Crimeia como parte da Rússia, Trump evitou o tema e afirmou não ter preferência entre os dois países, enfatizando apenas o desejo de que as hostilidades cessem. Os comentários de Trump contradizem as declarações de outros oficiais do governo que, horas antes, relataram sua frustração com o andamento das negociações e o comportamento de Zelensky.
O conflito na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022, tem sido marcado por significativa violência e a morte de civis. Recentemente, dois mísseis balísticos russos atacaram Sumy, resultando na morte de 34 pessoas e deixando 117 feridas, sendo este o ataque mais fatal em terras ucranianas no ano corrente. O presidente Zelensky condenou a ação e solicitou uma maior ação internacional contra Moscou, além de convidar Trump a visitar a Ucrânia. Embora reconheça os Estados Unidos como um parceiro estratégico, Zelensky expressou preocupações sobre o grau de suporte a longo prazo.
Os dois líderes já se encontraram em uma ocasião anterior, em uma reunião tensa que ocorreu no Salão Oval, onde trocaram declarações ásperas na presença da imprensa. Zelensky reiterou um pedido para que os EUA se engajassem em um esforço internacional pela paz, focando na proteção do espaço aéreo da Ucrânia. Embora a Rússia negue ter alvos civis, o número de mortos e feridos tem aumentado exponencialmente desde o início da invasão. Atualmente, cerca de 20% do território ucraniano, principalmente nas regiões leste e sul, está sob controle russo.
A Ucrânia tem colaborado com parceiros internacionais para relatar supostos crimes de guerra, e o Tribunal Penal Internacional está em fase de investigação. Sob a administração Trump, houve tentativas de diálogo com representantes da Rússia e da Ucrânia com o objetivo de cessar as hostilidades. Embora cessar-fogos tenham sido anunciados, os ataques de ambas as partes continuam, evidenciando a fragilidade dos esforços de paz e a persistência do conflito.