Os comentaristas José Eduardo Cardozo e Caio Coppolla debatiram, em um programa transmitido na última quinta-feira, a legitimidade da intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota afirmando que a participação de Bolsonaro em uma live no dia 22 de abril indicou a possibilidade de convocá-lo para apresentar defesa. Durante a intimação, o ex-presidente qualificou a postura do STF como uma “falta de bom senso”.
O advogado que representa Bolsonaro criticou a intimação no ambiente da UTI, questionando a real urgência dessa ação. O histórico de problemas de saúde de Bolsonaro desde o atentado à sua vida também foi lembrado, destacando a complexidade de sua condição médica. Cardozo argumentou que o estado de saúde do ex-presidente não era considerado grave. Segundo ele, a entrada em uma UTI é controlada pelo hospital, e o fato de Bolsonaro ter participado de uma live e interagido com clareza e lucidez demonstra que ele estava apto para receber a citação.
Em contraponto, Coppolla contestou a legalidade da citação e intimação, apontando que o estado de saúde de Jair Bolsonaro é preocupante. Ele destacou que, aos 70 anos, Bolsonaro está internado em uma UTI, sendo alimentado por sonda nasogástrica e em recuperação de uma cirurgia invasiva, decorrente de problemas de saúde crônicos associados a um recente atentado. Para Coppolla, essa situação reflete uma condição de saúde que impediria a intimação ou citação do paciente.