Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se encontraram no Palácio do Planalto em maio de 2023. Desde então, os dois líderes não mantêm comunicação, especialmente após os incidentes relacionados à integridade das eleições venezuelanas, que ocorreram no final de julho do ano passado. Durante esse período, as negociações para resolver a dívida bilionária da Venezuela com o Brasil também estagnaram. Entre agosto e dezembro do ano passado, o déficit aumentou em 39,7 milhões de dólares, equivalente a quase 240 milhões de reais na cotação atual.
Atualmente, a dívida já ultrapassa 1,7 bilhão de dólares, conforme informações do Ministério da Fazenda. Se convertido para a moeda brasileira, esse montante superaria 10 bilhões de reais. O valor, atualizado até o fim do ano passado e incluindo juros de mora, foi registrado em 1.713.918.763,91 dólares. De acordo com a Secretaria de Assuntos Internacionais do ministério, não houve avanços nas negociações. O órgão declarou: “Estamos em fase de conciliação de contas, sem reuniões agendadas no momento”.
Em maio de 2023, quando Maduro visitou Brasília e foi recebido com honrarias, a dívida registrada era de 1,27 bilhão de dólares, correspondente aos financiamentos de exportações de bens e serviços realizados por empresas brasileiras.
Em julho desse mesmo ano, os governos do Brasil e da Venezuela estabeleceram uma mesa técnica para discutir a questão, realizando duas reuniões virtuais antes de setembro, além de trocas de informações. O ministro Fernando Haddad mencionou que o intuito era “reprogramar o pagamento”. Ao final de maio de 2024, a dívida já se aproximava de 1,6 bilhão de dólares, e em 31 de julho aumentou em 75 milhões de dólares.
