O presidente Donald Trump decidiu retirar a proteção de segurança do ex-secretário de Estado Mike Pompeo, que havia recebido segurança contínua em decorrência de ameaças do Irã. Isso se deve à postura rigorosa que Pompeo adotou em relação ao país durante a administração anterior de Trump, de acordo com informações de três fontes conhecidas pela CNN. Essa decisão de descontinuar a segurança de Pompeo, que foi inicialmente divulgada pelo New York Times, ocorre logo após Trump colocar fim à equipe do Serviço Secreto que havia sido designada para seu ex-conselheiro de segurança nacional, John Bolton.
Em uma entrevista com repórteres na quinta-feira (23), Trump foi questionado acerca da retirada da segurança de ex-oficiais e respondeu: “Quando você tem proteção, não pode tê-la para sempre”. Ele ainda acrescentou: “Não quero um grande número de pessoas protegendo os outros pela vida toda; há riscos em tudo”. Pompeo teve um papel chave na formulação da política do primeiro mandato de Trump sobre o Irã e esteve diretamente envolvido na decisão de assassinar o general iraniano Qasem Soleimani, em janeiro de 2020.
O Departamento de Justiça afirmou que o Irã havia buscado vingança contra altos funcionários do governo anterior envolvidos no assassinato, incluindo Pompeo e Bolton, considerados figuras de linha-dura em relação ao Irã. Ambos se tornaram alvos de um esquema iraniano para assassinato, de acordo com as informações do Departamento de Justiça. Um ex-oficial de inteligência expressou à CNN sua preocupação com esses desenvolvimentos, afirmando: “Alguém pode ser morto; há uma ameaça séria e real contra Pompeo e Bolton”. Outro ex-oficial de segurança nacional comentou que a decisão de Trump parecia ser impulsionada por “pura inveja e mesquinharia” e que o presidente torcia para que os iranianos não atacassem essas pessoas.
Trump permanece como um alvo do Irã devido ao plano que resultou na morte de Soleimani. Sua equipe pediu uma intensificação da segurança no verão anterior, após receber informações da administração Biden de que o Irã ainda estaria conspirando ativamente para matá-lo.