Cientistas realizaram uma pesquisa que levou à descoberta de uma nova cor, chamada “olo”, caracterizada como um azul esverdeado altamente saturado, embora não possa ser percebida a olho nu. O estudo, publicado na revista Science Advances, introduziu um novo método de exibição de cores, denominado Oz. Nesse método, as células fotorreceptoras da retina são estimuladas individualmente, utilizando lasers, ao invés de serem ativadas em conjunto, como ocorre na visão normal.
Durante o experimento, a luz foi direcionada a um tipo específico de célula, as células de cone M, sem provocar a resposta das células de cone L e S. Isso permite a percepção de cores que não se enquadram na gama de cores normalmente visíveis. Assim, os pesquisadores puderam observar cores inéditas que ficam além das limites da visão humana convencional.
Os participantes do estudo descreveram a nova cor como “azul-petróleo”, “verde”, “azul-esverdeado” e “verde com um toque de azul”. Todos eles notaram que a saturação da cor percebida era muito superior àquela das cores que podem ser vistas normalmente. Em uma entrevista, um dos autores do estudo, o professor Ren Ng, da Universidade da Califórnia, compartilhou uma analogia sobre essa percepção: ele comparou a experiência de descobrir a nova cor com a vivência de alguém que, após ver apenas tons de rosa claro a vida inteira, se depara com um rosa intenso que é descrito como uma cor nova.
Embora seja inviável reproduzir a cor “olo” de uma forma visível, os participantes indicaram que a cor apresentada na imagem abaixo se assemelha àquela observada durante o experimento.