O ex-presidente Fernando Collor solicitou a conversão de sua pena de regime fechado para prisão domiciliar, apresentando um atestado médico no processo. O documento, assinado pelo médico Rogério Tuma, foi anexado ao pedido de sua defesa. Collor justificou a necessidade da prisão em casa até que o Supremo Tribunal Federal (STF) finalize o julgamento da ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Durante a audiência de custódia realizada em 25 de agosto, Collor contradisse a argumentação de sua defesa, que alegou a existência de comorbidades como a Doença de Parkinson e transtorno bipolar. Ele afirmou não ter doenças e não estar sob uso de medicamentos. Seus advogados, em contraste, mencionaram que ele possui 75 anos e apresenta comorbidades que exigem tratamento médico regular. Os defensores destacaram a jurisprudência do STF a favor da concessão de prisão domiciliar para indivíduos idosos com problemas de saúde quando não há riscos à ordem pública.
A decisão sobre o pedido de prisão domiciliar caberá ao ministro Moraes, que poderá considerar as declarações contraditórias de Collor durante a audiência. Existe a possibilidade de que o ministro solicite a apresentação de um novo atestado médico por um profissional sem vínculos com a defesa.
Na audiência, Collor também declarou que não houve irregularidades por parte dos policiais no momento de sua prisão, ocorrida no Aeroporto de Maceió, onde ele se preparava para embarcar para Brasília. O ex-presidente, que participou do processo por videoconferência da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, preferiu cumprir a pena em seu estado natal, Alagoas, em vez de ser transferido para Brasília. Ele deve iniciar o cumprimento de sua pena na ala especial do presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió.