O ex-presidente Fernando Collor foi monitorado pela Polícia Federal (PF) até sua prisão, que ocorreu às 4h de uma sexta-feira no aeroporto de Maceió. A operação de inteligência foi organizada na sede da PF, em Brasília, após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a prisão de Collor na noite anterior.
Após investigações, a PF localizou Collor em sua residência em Maceió e iniciou um monitoramento, preparando-se caso ele saísse. A equipe da PF em Alagoas ficou em alerta na rua onde o ex-presidente reside. A defesa de Collor informou à imprensa que ele se apresentaria em Brasília para cumprir uma pena de oito anos e dez meses. No entanto, fontes da PF relataram que não houve comunicação formal do advogado sobre essa “entrega”.
Em razão da falta de aviso, a PF decidiu prosseguir com a operação, seguindo o veículo de Collor para assegurar seu destino e verificar qualquer notificação da defesa. A prisão foi efetivada no aeroporto, onde Collor se preparava para embarcar, segundo informações obtidas. A operação foi considerada discreta e o mandado de prisão foi cumprido sem incidentes. Após a prisão, o ex-presidente permaneceu em uma sala especial da PF até ser transferido, por ordem do ministro Moraes, para um local na capital alagoana.
