Os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Pedro Campos participaram de um debate na última sexta-feira, dia 25, onde o foco foi o projeto de lei que propõe a anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. O presidente da Câmara, Hugo Motta, juntamente com líderes partidários, optou por postergar a análise da urgência que poderia acelerar a tramitação do projeto. Imediatamente após essa decisão, o líder da oposição, Zucco, anunciou que a oposição planeja bloquear a pauta até que a proposta seja efetivamente debatida.
Durante a conversa, Sóstenes expressou a sua convicção de que o projeto conseguirá avança. Ele argumentou que, enquanto muitos desfrutam do conforto de suas casas, outras pessoas permanecem encarceradas, muitas vezes ao lado de criminosos perigosos. Segundo ele, a maioria dessas pessoas apenas se manifestou em 8 de janeiro e, de fato, não cometeu atos de vandalismo, mas estão sendo submetidas a penas severas decididas pelo STF.
Sóstenes argumentou que é responsabilidade do Congresso corrigir o que considera uma ação impulsiva do STF, que, segundo ele, estaria agindo motivado por emoções políticas. Por outro lado, Pedro Campos criticou o projeto de anistia, afirmando que se trata de um erro. Ele destacou que a proposta, elaborada anteriormente ao evento de janeiro, traria uma anistia geral para aqueles que tentaram promover um golpe de Estado desde a eleição do presidente Lula até a aprovação da lei no Congresso.
Campos enfatizou a necessidade de discutir a proporcionalidade das penas, ressaltando que muitos dos envolvidos são indivíduos radicalizados que cometeram ações extremas, sendo que penas mais severas acima de dez anos estão reservadas para aqueles que invadiram ou danificaram propriedades públicas.