28 abril 2025
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EUA Impondo Restrições à Divulgação de Informações sobre Conflitos no Iémen

As Forças Armadas dos Estados Unidos anunciaram, em 27 de agosto, que não divulgarão informações sobre os ataques militares realizados no Iêmen, destacando a importância de “preservar a segurança operacional”. A declaração ressalta que os ataques resultaram em “efeitos letais” sobre os rebeldes houthis. Recentemente, o governo dos EUA intensificou suas operações militares no Iêmen, seguindo diretrizes do presidente anterior, que ordenou uma ação mais agressiva contra os houthis, apoiados pelo Irã, até a interrupção dos ataques a embarcações no Mar Vermelho. Informações do Ministério da Saúde administrado pelos houthis indicam que ataques recentes resultaram na morte de dezenas de pessoas, incluindo 74 em um terminal de petróleo em abril.

Preocupações com respeito aos direitos humanos foram levantadas por defensores que destacaram os riscos à vida civil. Três senadores democratas, entre eles Chris Van Hollen, se dirigiram ao secretário de Defesa, pedindo accountability em relação às perdas civis. O secretário também enfrentou críticas pelo uso de plataformas de mensagens não seguras para discutir operações militares relacionadas ao Iêmen. Em uma declaração oficial, o Comando Central dos EUA explicou que limitam a divulgação de detalhes operacionais em busca de segurança, garantindo que não fornecerão informações sobre operações passadas ou futuras.

A nota militar acrescentou que mais de 800 alvos foram atingidos desde meados de março, resultando na morte de centenas de combatentes e líderes houthis, além da destruição de diversas instalações associadas ao grupo. A operação teve como objetivo neutralizar capacidades militares e econômicas dos houthis, procurando minimizar o impacto na população civil. O governo dos EUA afirmou que uma explosão em 20 de abril, ocorrida próximos a um Patrimônio Mundial da UNESCO em Sanaa, foi provocada por um míssil houthi e não por um ataque aéreo americano, uma alegação que foi negada pelos houthis, que reportaram a morte de várias pessoas no incidente.

Desde novembro de 2023, os houthis têm realizado ataques contra embarcações no Mar Vermelho, justificando-os como medidas contra navios relacionados a Israel. O grupo afirma que suas ações são uma forma de solidariedade aos palestinos em Gaza, onde a guerra resultou em mais de 51 mil mortes, segundo informações do Ministério da Saúde local, gerando alegações de genocídio e crimes de guerra, que Israel nega.

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