30 abril 2025
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Apagões Aumentam em Frequência: O Brasil Está em Perigo?

Um apagão significativo afetou vários países europeus, incluindo Portugal, Espanha, França e Alemanha, na segunda-feira, dia 28 de outubro. Este evento resultou em interrupções no tráfego, paralisação de serviços essenciais e deixou milhões de pessoas sem eletricidade. Investigações estão sendo conduzidas pelas autoridades locais para descobrir a causa deste incidente.

Este apagão é reminiscentes de outro ocorrido em 2024, quando uma falha em uma atualização de software de uma empresa de segurança cibernética causou problemas em escala global. Durante aquele evento, sistemas operacionais de grandes corporações e órgãos governamentais ficaram comprometidos, afetando o funcionamento de aeroportos, bancos e hospitais. Isso ressaltou a vulnerabilidade das infraestruturas digitais e a crescente dependência de sistemas automatizados.

Até o momento, não há confirmação de que a interrupção recente foi provocada por um ataque cibernético. O Instituto Nacional de Segurança Cibernética da Espanha e o Centro Nacional de Segurança Cibernética de Portugal afirmaram que, até agora, não há evidências concretas de ações maliciosas. No entanto, as investigações prosseguem e especialistas alertam sobre a possibilidade de novas oscilações no fornecimento de energia nos próximos dias.

De acordo com um especialista em segurança, a digitalização dos sistemas, especialmente no setor energético, aumentou a vulnerabilidade. Ele destaca que um ataque cibernético pode paralisar o fornecimento de energia devido à digitalização da geração, transmissão e distribuição desse recurso essencial. Países como Portugal e Espanha possuem subestações principais que, se desativadas, podem desencadear um desligamento em cadeia como medida de proteção automática, resultando em blackout.

Além disso, especialistas indicam que nem governos nem muitas organizações privadas estão adequadamente preparados para enfrentar ciberataques em larga escala, como evidenciado pela falha da CrowdStrike em 2024. A segurança cibernética precisa ser abordada como parte essencial da estratégia organizacional, e não apenas como uma resposta emergencial. O atual cenário exige um pensamento coletivo sobre proteção e resiliência nas infraestruturas digitais.

A possibilidade de um grande ciberataque na Europa tem ganhado destaque. Um especialista suspeita que um problema ocorreu em uma subestação principal em Portugal ou Espanha, mas também nota o impacto em outros países, como Itália, Polônia e Finlândia. Recentemente, o serviço de inteligência da Holanda emitiu um alerta sobre a possibilidade de ataques híbridos fortalecidos pela Rússia.

O serviço de inteligência holandês observou que a ameaça russa à Europa persiste, mesmo com possíveis desfechos da guerra na Ucrânia. Documentos revelaram que hackers russos já influenciaram sistemas críticos, como o de abastecimento de água em uma cidade espanhola. Assim, um ataque coordenado contra a Europa ou os Estados Unidos não seria uma surpresa.

Em relação ao Brasil, as vulnerabilidades são notáveis. Embora o país não seja necessariamente mais suscetível do que Europa, a evolução das ameaças digitais exige atenção. Hackers têm se organizado em grupos que operam de maneira quase empresarial, buscando lucratividade, especialmente por meio de sequestro de dados.

Um aspecto preocupante é que uma parte significativa da geração e distribuição de energia no Brasil é operada por empresas privadas, muitas delas de origem europeia. Isso apresenta um risco, uma vez que um ataque a uma empresa na Europa pode afetar operações no Brasil, dada a interconexão dos serviços.

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