A executiva nacional do PSDB decidiu, de maneira unânime, pela fusão com o Podemos. Esse movimento ainda precisa ser validado em convenções de ambos os partidos, com a convenção dos tucanos agendada para o dia 5 de junho. A finalidade dessa união é estabelecer uma “alternativa democrática” que se distancie dos extremos políticos, prevendo a criação de um novo estatuto que compile as propostas de ambas as legendas. O PSDB objetiva, assim, recuperar sua relevância no cenário político, a qual tem diminuído desde 2018.
A proposta de fusão inclui a elaboração de um novo estatuto e a preservação dos nomes dos partidos, com a intenção de que a nova sigla seja identificada como PSDB-Podemos. A presidente do Podemos, Renata Abreu, ressalta que essa aliança representa uma união de forças em prol do interesse público, enfatizando a importância de um trabalho conjunto.
Desde as eleições de 2018, o PSDB enfrenta desafios significativos, especialmente após a candidatura de Geraldo Alckmin, que obteve apenas 4,76% dos votos naquele pleito. Alckmin atualmente integra o PSB e ocupa a Vice-Presidência da República, após uma inesperada aliança com Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Além disso, o partido sofreu perdas em prefeituras nas eleições de 2020 e não conseguiu eleger prefeitos em capitais nas eleições de 2024, o que intensificou a necessidade de uma nova estratégia.
Antes de decidir pela fusão com o Podemos, o PSDB analisou a possibilidade de se aliar ao PSD e ao MDB. Contudo, essa alternativa gerou divisões internas e levantou preocupações sobre uma possível perda de influência, levando a executiva a optar pela aliança com o Podemos — uma legenda menos expressiva que as outras duas — como uma solução mais viável para revitalizar sua atuação política.
