Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido popularmente como o “careca do INSS”, enfrenta uma investigação conduzida pela Polícia Federal em razão de alegações de fraudes relacionadas a aposentadorias. As denúncias implicam uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 12,2 milhões em um intervalo de 129 dias. Antunes é suspeito de atuar como intermediário financeiro, facilitando descontos indevidos e repasses a servidores do INSS. A defesa do acusado afirma ter confiança de que conseguirá demonstrar sua inocência durante o processo legal.
As empresas associadas a Antunes funcionavam como intermediárias financeiras para diferentes entidades associativas. Ele possui participação acionária em várias companhias e uma frota composta por 12 veículos de luxo, bem como bens imóveis localizados em São Paulo e Brasília. Além disso, ele é indicado como representante legal de uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, o que tem levantado suspeitas sobre a utilização de uma offshore para proteger patrimônio de origem questionável.
Com 61 anos, Antunes nunca foi empregado do INSS e é acusado de atuar como um lobista em nome de entidades que realizam descontos nas aposentadorias. De acordo com a investigação, ele detém procurações que lhe conferem autoridade para representar várias entidades que cobram mensalidades de aposentados, assegurando, assim, o poder de atuar junto ao INSS em acordos de cooperação técnica. Adicionalmente, foi revelado que Antunes transferiu R$ 17 milhões para servidores do INSS, com suas movimentações financeiras refletindo valores desproporcionais à sua renda declarada, que é de R$ 24,5 mil mensais.
A defesa de Antunes declara otimismo em relação à investigação e acredita que a verdade será esclarecida, evidenciando sua inocência. O esquema investigado envolve a realização de descontos não autorizados nas mensalidades associativas vinculadas a aposentadorias e pensões, o que levanta questões sobre a legalidade das atividades conduzidas por Antunes e suas empresas.