1 maio 2025
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Governo dos EUA Pretende Deportar Imigrantes para a Líbia: O Que Você Precisa Saber

O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, está em negociações com a Líbia e Ruanda sobre a possibilidade de deportar imigrantes com antecedentes criminais que residem no país. Fontes que têm conhecimento das discussões informaram que essa estratégia, se concretizada, indicaria um endurecimento nas políticas migratórias da administração republicana, visando transferir indivíduos já presentes no território americano para nações distantes.

Além da deportação de imigrantes com histórico criminal, estão em pauta conversas com a Líbia para a criação de um acordo de “terceiro país seguro”. Essa medida permitiria a transferência de solicitantes de asilo que estão detidos na fronteira dos EUA para o país africano. Até o momento, não há uma decisão final sobre este plano nem esclarecimentos sobre quais nacionalidades poderiam ser afetadas.

As negociações com a Líbia, que ressurgiu recentemente nas discussões diplomáticas de Washington, ocorreram nesta semana. No passado, a Líbia foi alvo de restrições de viagem durante a administração anterior e, em 2024, recebeu críticas da ONU por práticas que incluem trabalho forçado e graves abusos contra migrantes. Há informes de que uma possível estratégia por parte dos EUA poderia envolver a ameaça de um novo bloqueio de entrada, que ainda não foi anunciado oficialmente.

Quanto a Ruanda, o plano opera sob a premissa de deportar imigrantes com antecedentes criminais que já cumpriram pena nos Estados Unidos. Ao contrário de outras nações, como El Salvador — que recebeu deportados americanos durante o governo Trump —, Ruanda não encarceraria essas pessoas, mas buscaria integrá-las na sociedade com apoio governamental, oferecendo assistência financeira e ajuda na procura de emprego.

Este modelo, que apresenta um custo elevado por deportação, está sendo desenvolvido como uma solução específica. Um ensaio inicial ocorreu em março, quando um refugiado iraquiano foi deportado, e a operação foi considerada um sucesso pela administração americana. A proposta em discussão não é nova para Ruanda, que firmou um acordo similar com o Reino Unido em 2022. No entanto, o plano britânico foi encerrado em 2024 pelo primeiro-ministro Keir Starmer, que o rotulou como uma “manobra publicitária”.

Fontes indicam que o Departamento de Estado dos EUA está avaliando a possibilidade de aumentar o número de países parceiros para a realização de deportações. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou durante uma reunião de gabinete que os EUA estão “ativamente buscando outros países para acolher pessoas oriundas de terceiros países”. Ele ressaltou o desejo de afastar indivíduos considerados problemáticos, deixando claro que a intenção é que estejam o mais distante possível dos Estados Unidos.

Entretanto, essa proposta enfrenta obstáculos jurídicos. Recentemente, um juiz federal decidiu suspender temporariamente qualquer deportação para terceiros países sem que os afetados sejam previamente notificados e tenham o direito de contestar legalmente a decisão.

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