A Polícia Federal recebeu um prazo de cinco dias para determinar a melhor maneira de disponibilizar as provas coletadas no caso que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Esta decisão é parte do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe em 2022. As provas deverão ser compartilhadas tanto com a defesa de Bolsonaro quanto com a Procuradoria Geral da República.
Moraes ressaltou que documentos com informações pessoais e íntimas devem permanecer em sigilo. O acesso completo às evidências foi solicitado pela defesa do ex-presidente, e a autorização foi concedida para que a defesa possa acessar todo o conjunto probatório, que inclui celulares e outros dispositivos eletrônicos que foram apreendidos.
O ministro também determinou que a Polícia Federal deve manter em segredo qualquer documento, mídia, áudio ou vídeo que contenha informações íntimas sobre os denunciados. Se esse tipo de material for encontrado, o juiz deverá ser comunicado, e as defesas terão que realizar solicitações específicas para acessá-los.
Entre os itens que serão disponibilizados estão celulares, computadores, dados de armazenamento em nuvem, informações de geolocalização e documentos físicos. A defesa de Bolsonaro também solicitou autorização para participar das audiências de processos relacionados ao caso. A decisão sobre essa requisição será tomada por Moraes em momento oportuno.
Além disso, o ministro informou que 15 testemunhas serão convocadas para depor, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, bem como ex-comandantes das Forças Armadas. Espera-se que esses depoimentos ajudem a esclarecer os fatos em análise e a propiciar uma melhor condução do processo.