O Exército dos Estados Unidos criou uma segunda zona militar na fronteira sul do Texas, que conecta o país ao México, onde as tropas podem prender imigrantes antes de encaminhá-los à Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Esta área, denominada Área de Defesa Nacional de El Paso, agora integra o posto militar da região de Fort Bliss e se soma à Área de Defesa Nacional do Novo México, anteriormente estabelecida, conforme anunciado pelo Comando Norte dos EUA.
A decisão de aumentar a presença militar na fronteira sul foi determinada pelo presidente, levando ao envio de milhares de soldados ativos para a região como parte de uma missão contínua do governo. Em abril, o Departamento de Defesa assumiu a jurisdição sobre determinadas terras federais ao longo da fronteira entre os EUA e o México, incluindo a Reserva Roosevelt, que corresponde a uma faixa de 18 metros de largura ao longo da divisa, com o objetivo de atividades militares.
Além disso, essa jurisdição possibilitou a construção de um muro na fronteira e a instalação de equipamentos para detecção e monitoramento. Já foram registradas prisões de imigrantes que cruzaram para a Área de Defesa Nacional do Novo México.
O general Gregory Guillot, comandante do Comando Norte dos EUA, afirmou que a criação de uma segunda área “amplia o alcance operacional e a eficácia na negação de atividades ilegais ao longo da fronteira sul”. Ele destacou que esta é a segunda área onde os membros da Força-Tarefa Conjunta – Fronteira Sul, que já realizam detecções e monitoramentos por meio de posições fixas e patrulhas móveis, poderão deter temporariamente intrusos até que sejam entregues a uma autoridade policial competente.
As Áreas de Defesa Nacional são consideradas extensões de instalações militares para fins de segurança, permitindo que os soldados implementem medidas de controle de multidões, realizem buscas rápidas em busca de intrusos e os mantenham temporariamente sob custódia até o encaminhamento às autoridades competentes.
