4 maio 2025
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Pesquisadores Revelam Nova Cor Revolucionária!

Enxergar uma ampla gama de cores é uma habilidade que distingue os seres humanos dos demais seres vivos. O processo visual começa na retina, uma membrana que reveste a parte interna do olho. As células em formato de cone na retina captam a luz em diferentes comprimentos de onda, que vibram em frequências específicas. Essas informações são convertidas em impulsos elétricos, transmitidos pelo nervo óptico até o cérebro, responsável por decodificar essas informações e discriminar milhões de tonalidades. As variações entre os pontos do espectro são tão sutis que, muitas vezes, carecem de denominação. Recentemente, cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, realizaram uma descoberta importante ao identificar a “olo”, uma cor nunca antes vista por humanos.

Esse fenômeno foi alcançado ao expor cinco voluntários a um sinal luminoso artificial, criado por um canhão de laser conhecido como Oz. Com alta precisão, a equipe estimulou um tipo específico de célula da retina que responde ao verde. Durante o experimento, os participantes permaneceram imóveis, concentrados em um cenário neutro, enquanto os raios de luz atingiam aproximadamente 1.000 cones retinianos. Essa abordagem inovadora é incomum, pois, em situações normais, a retina processa luz de forma simultânea, combinando vermelho, verde e azul. Ao dissociar esse processo, a nova cor emergiu, sendo confirmada por testes que pediam aos participantes que ajustassem tonalidades em um computador até alcançar uma correspondência precisa com o que observaram.

A correspondência perfeita das percepções foi obtida ao adicionar quantidades de branco à tela. Todos os voluntários relataram visualizar um azul-esverdeado vibrante, mais intenso do que qualquer outra tonalidade vista anteriormente. O nome “olo” deriva de uma brincadeira científica, inspirado pela ativação de um único tipo de célula retiniana. Como apenas uma das três categorias foi ativada, a situação pode ser representada pela fórmula 0-1-0, convertida para “olo”.

O estudo foi viabilizado por uma tecnologia altamente avançada. Antes de começar os disparos de laser, os pesquisadores mapearam detalhadamente a retina de cada voluntário para identificar a localização precisa dos cones. Essa tarefa é complexa, uma vez que se realiza em um tecido orgânico que está sempre mudando devido ao seu metabolismo ativo. Superados os desafios, os resultados foram publicados na revista Science Advances, recebendo reconhecimento imediato na comunidade científica. A pesquisa exigiu uma rara convergência de conhecimentos técnicos e levou a descobertas consistentes.

Atualmente, a olo é uma cor que apenas cinco pessoas tiveram a oportunidade de enxergar. Embora a descoberta não tenha aplicações práticas imediatas, contribui para a compreensão do potencial e das limitações da visão humana. O sistema visual depende de comparação, avaliando contrastes e contextos das imagens captadas. Especialistas também consideram possíveis aplicações para a tecnologia que revelou a nova cor, incluindo tratamentos para daltonismo, uma condição que resulta de uma seletividade inadequada na função dos cones. Além disso, uma linha de pesquisa em desenvolvimento busca treinar o sistema visual para se adaptar a terapias genéticas, que poderiam alterar a estrutura celular do olho. Embora mais pesquisas sejam necessárias, essas possibilidades oferecem uma nova perspectiva nesse campo do conhecimento.

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