4 maio 2025
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Em Destaque: A Atratividade do Controverso ‘Modelo Bukele’ em…

A edição desta semana da VEJA analisa um dos métodos mais drásticos de combate ao crime atualmente: o sistema de segurança pública instaurado por Nayib Bukele em El Salvador. Durante uma semana, uma repórter nacional percorreu áreas antes dominadas por gangues, dialogou com vítimas da violência e observou os impactos da política severa que transformou a realidade no país. No programa “Em Pauta”, a apresentadora recebe a jornalista para discutir a vida cotidiana em El Salvador.

Nos últimos dois anos, El Salvador passou de líder em homicídios a ser considerado o país mais seguro da América Latina. Para alcançar esse resultado, o governo Bukele implementou um sistema de encarceramento em massa para suspeitos de envolvimento com organizações criminosas. Atualmente, 1 em cada 10 homens jovens está preso, configurando a maior taxa de encarceramento no mundo. Entretanto, as implicações dessa queda nos índices de criminalidade levantam questões sobre as fronteiras entre segurança pública e autoritarismo.

Na entrevista, são revelados os bastidores de uma reportagem que expõe um estado de exceção no país. Bukele, que se autodenomina “o ditador mais legal do mundo”, exerce controle sobre o Judiciário, silencia opositores, restringe a imprensa e permite o desaparecimento de milhares de detentos no sistema prisional, sem julgamento ou direito de defesa. Apesar das numerosas denúncias de violação dos direitos humanos, o presidente mantém altos índices de aprovação popular, que beiram os 90%, além de atrair a atenção de políticos de diversas partes do mundo, incluindo o Brasil.

Este episódio aborda os dilemas atuais relacionados à segurança, democracia e populismo punitivista, temas que também se tornam cada vez mais relevantes no debate público brasileiro. A experiência em El Salvador serve como um alerta e um espelho, especialmente em tempos em que o discurso de tolerância zero se torna popular. Com relatos de ONGs de direitos humanos, advogados, especialistas e vítimas do regime, além de experiências da repórter nas ruas controladas pelo exército, a discussão revela o que está por trás do chamado “milagre” de Bukele e o que pode ser aprendido (ou não) por outros países da América Latina.

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