A recente troca de Cida Gonçalves por Márcia Lopes no Ministério das Mulheres do governo federal pode sinalizar o término das mudanças na cúpula administrativa por um período. Essa perspectiva é compartilhada por membros do Palácio do Planalto, que acreditam que a única alteração restante seria a saída de Márcio Macêdo, atual Secretário-Geral da Presidência.
No atual mandato, já ocorreram doze mudanças ministeriais. Algumas dessas substituições foram motivadas por denúncias e escândalos, como os dos ministros Silvio Almeida, Juscelino Filho e Carlos Lupi na semana passada. Outras mudanças foram atribuídas à visão de “ineficiência”, incluindo os casos de Paulo Pimenta, Nísia Trindade e do general Gonçalves Dias. Cida Gonçalves foi incluída neste último grupo, recebendo críticas devido à lentidão na implementação de políticas públicas que pudessem beneficiar a administração petista nas eleições de 2026.
Márcia Lopes, a nova ministra, já possui experiência como ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no segundo mandato de Lula, após a saída de Patrus Ananias, que se candidatou ao governo de Minas Gerais. Lopes é irmã do ex-ministro Gilberto Carvalho, que enfrentou polêmicas e fez acusações infundadas no passado. Espera-se que a nova ministra não siga os passos do irmão e desenvolva uma relação mais estreita com Janja, a primeira-dama, que possui interesses políticos na pasta. Janja já colaborava com a antecessora e busca maior agilidade nas ações do ministério com esta nova nomeação.