Em 2023, a emissora Record demitiu um jornalista que atuava na empresa desde 2006. O profissional estava afastado devido a uma doença rara conhecida como síndrome de Machado-Joseph, que afeta os movimentos musculares. O diagnóstico para essa condição foi recebido em 2016. A emissora, pertencente a Edir Macedo, não respondeu a solicitações sobre o caso.
No momento da demissão, a Record justificou a decisão pelo alto salário do jornalista. Em entrevista subsequente, o profissional expressou surpresa pela situação, afirmando que recebeu a informação de que a demissão era uma medida administrativa de contenção de despesas, sem que seus superiores tivessem influência na decisão.
A juíza Daniela Mori, da 89ª Vara do Trabalho de São Paulo, considerou a demissão ilegal, uma vez que o jornalista estava em tratamento e a doença é grave e incurável. Assim, a Record foi condenada a pagar 400 mil reais em danos morais. O jornalista havia solicitado um total de 3 milhões de reais, que inclui pagamentos de natureza trabalhista, além de uma ordem para a recontratação. A decisão ainda pode ser contestada.
