O Hamas devolveu quatro mulheres soldados israelenses que estavam em cativeiro em Gaza por 15 meses à Cruz Vermelha neste sábado (25), em um segundo caso de libertação de reféns sob um acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o grupo militante. Em troca, está prevista a liberação de aproximadamente 200 prisioneiros palestinos. Os militantes do Hamas entregaram as mulheres à Cruz Vermelha na Praça Palestina, na Cidade de Gaza, por volta das 11h, horário local.
As reféns que foram libertadas incluem Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy, todas com 20 anos, e Liri Albag, de 19 anos. Elas estavam em Gaza desde 7 de outubro de 2023 e foram sequestradas na base militar de Nahal Oz, onde atuavam como vigias das Forças de Defesa de Israel (IDF), monitorando as atividades acessadas pela Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo, que foi alcançado após meses de negociações mediadas pelo Catar e Egito com o apoio dos Estados Unidos, interrompeu os combates pela primeira vez desde uma trégua temporária que durou somente uma semana em novembro de 2023. Na primeira fase de seis semanas do acordo, o Hamas concordou em libertar 33 reféns, incluindo crianças, mulheres, idosos, doentes e feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão encarcerados em Israel, enquanto as tropas israelenses iniciam a retirada de algumas de suas posições na Faixa de Gaza.
Na fase seguinte, as partes irão negociar a liberação dos reféns restantes, que incluem homens em idade militar, além da retirada total das forças israelenses de Gaza, um território que se encontra em grande parte devastado devido a 15 meses de conflitos e bombardeios. Israel iniciou sua ofensiva militar em Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual combatentes israelenses perderam 1.200 vidas e mais de 250 pessoas foram levadas como reféns de volta para Gaza, conforme relatórios das autoridades israelenses. Desde então, mais de 47 mil palestinos perderam a vida em Gaza, segundo dados de autoridades locais de saúde.
Após a libertação de Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, além da recuperação do corpo de um soldado israelense que estava desaparecido há dez anos, Israel relatou que 94 israelenses e estrangeiros ainda se encontram detidos em Gaza, embora não esteja claro quantos deles permanecem vivos.