A Klabin, uma fabricante de papel para embalagens e celulose, registrou um lucro líquido de R$ 446 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma diminuição de 3% em comparação ao mesmo período do ano passado. O desempenho operacional da empresa se manteve dentro das expectativas do mercado. No mesmo intervalo, a companhia obteve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,86 bilhão, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, com a margem passando de 37% para 38%. A receita líquida atingiu R$ 4,86 bilhões, refletindo um crescimento de 10% na mesma comparação.
Em relação às expectativas do mercado, analistas preveram um Ebitda de R$ 1,84 bilhão e uma receita líquida de R$ 4,89 bilhões, conforme dados da Lseg. A Klabin, que é a maior produtora de papel para embalagem na América Latina, enfrentou uma queda de 2% no volume de vendas, impactada por uma redução de 5% nas vendas de celulose. O custo de produção de celulose foi de R$ 1.268 por tonelada, praticamente inalterado em relação ao ano anterior, mas superior aos R$ 1.172 registrados no quarto trimestre. O custo total de produção foi de R$ 3.335 por tonelada, considerando as paradas para manutenção, 11% maior em comparação ao ano anterior, embora 2% menor que no trimestre anterior.
A empresa reafirmou seu compromisso de alcançar uma meta estabelecida no final do ano passado de um custo total por tonelada entre R$ 3,1 mil e R$ 3,2 mil até 2025. A Klabin observou que o aumento de custos no primeiro trimestre, em comparação anual, deveu-se a diversos fatores, incluindo o aumento nos preços de insumos, principalmente produtos químicos como soda cáustica e o incremento nos preços de aparas. Ao final de março, a companhia apresentou uma alavancagem financeira de 4 vezes, medida em reais, superior ao múltiplo de 3,5 vezes registrado no primeiro trimestre do ano anterior. Em dólares, a relação entre a dívida líquida e Ebitda foi de 3,9 vezes no primeiro trimestre, em comparação a 3,5 vezes no mesmo período do ano anterior.
