Beit Lahia, localizada no norte da Faixa de Gaza, foi devastada durante o conflito entre Israel e Hamas.
Como parte das negociações de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, um total de 200 prisioneiros palestinos foram libertados após a soltura de quatro reféns israelenses neste sábado. De acordo com reportagens de fontes palestinas, as autoridades relacionadas a assuntos prisionais informaram que o segundo grupo de libertados consistia em 121 indivíduos que estavam cumprindo pena de prisão perpétua, além de 79 que estavam detidos por longos períodos. Entre os libertados, destaca-se Mohammad Al-Tous, de 67 anos, que é reconhecido como o prisioneiro palestino mais idoso nas prisões israelenses, tendo passado 39 anos sob custódia.
Outros prisioneiros mencionados incluem Raed Al-Saadi, de 57 anos, que estava encarcerado desde 1989, e os irmãos Nasser, Mohammad e Sharif Abu Hmeid, todos condenados à pena de prisão perpétua. Nasser faleceu em 2022, e seu corpo permanece sob a guarda das autoridades de Israel.
Os prisioneiros que foram liberados estavam detidos na prisão de Ofer, onde 114 deles foram transportados em um ônibus do Comitê Internacional da Cruz Vermelha até Ramallah, sendo acolhidos por centenas de pessoas em uma festa de recepção no complexo de entretenimento da cidade. Outros 16 foram direcionados a Gaza, enquanto 70 não retornaram à Palestina, sendo divulgadas informações de que esses últimos foram soltos no Egito, que teve um papel importante nas mediações para o cessar-fogo.
Ainda conforme as reportagens, a área ao redor da prisão de Ofer foi considerada uma zona militar restrita por Israel, e os familiares dos prisioneiros, juntamente com apoiadores, foram dispersos com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Um acordo de cessar-fogo foi implementado a partir do dia 19, após 15 meses de conflitos que resultaram em cerca de 1.200 mortes e 250 sequestrados do lado israelense. Do lado palestino, o número de mortos ultrapassou 46.000, com mais de 110.000 feridos, de acordo com relatos de autoridades locais. Esse processo de libertação será realizado de forma escalonada, com a expectativa de que entre 30 e 50 prisioneiros palestinos sejam liberados a cada soltura de um refém israelense.