quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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A exibição de poder do grupo durante a libertação…

A libertação de quatro reféns israelenses pelo Hamas neste sábado, 25, destacou a demonstração de poder do grupo islâmico após quinze meses de um intenso conflito na Faixa de Gaza, que resultou na morte de ao menos 47 mil palestinos. Do lado de Israel, a guerra provocou a morte de pelo menos 1.700 pessoas, entre civis e militares.

As prisioneiras israelenses Naama Levy, Liri Albag, Karina Ariev e Daniella Gilboa, todas com idades entre 19 e 20 anos, foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha vestindo suas fardas militares. O grupo palestino tomou essa decisão para enfatizar que se tratava de combatentes das Forças de Defesa de Israel, e não de civis inocentes.

A cerimônia teve lugar na Praça Palestina em Gaza, a capital da região, que está completamente arrasada devido aos incessantes bombardeios israelenses desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023. Nas imagens divulgadas, em meio aos destroços, as reféns são transportadas em um comboio de veículos utilitários bem conservados, acompanhadas por membros do Hamas armados e vestidos com uniformes completos e balaclavas.

No palco, as quatro combatentes sorriem para a multidão, cumprimentam fotógrafos e afirmam publicamente terem recebido tratamento adequado pelo grupo durante o período em que estiveram sequestradas. Ao redor da estrutura, faixas e lonas trazem mensagens como “O sionismo não vencerá”, “Os lutadores palestinos pela liberdade triunfarão”, “A vitória dos oprimidos contra o sionismo nazista” e “Gaza é o cemitério dos sionistas criminosos”.

As quatro soldados foram libertadas como parte do acordo de cessar-fogo estabelecido entre Israel e Hamas há cerca de duas semanas, com mediação do Catar, Egito e Estados Unidos. Neste mesmo sábado, o governo do premier Benjamin Netanyahu também libertou 200 palestinos que estavam presos em instituições israelenses, com cerca de 120 deles cumprindo penas perpétuas por envolvimento em atos terroristas.

Neste sábado, o acordo de suspensão das hostilidades alcança seu sexto dia de vigência. Após mais de um ano de negociações, a trégua em vigor envolve três fases de liberação de prisioneiros, desmobilização de forças e devolução de palestinos e colonos israelenses a Gaza, sendo a implementação inicialmente prevista para ocorrer nos próximos 42 meses.

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