Um asteroide de aproximadamente 10 metros, conhecido como “segunda lua”, orbitou a Terra por algumas semanas em 2024 e pode estar mais relacionado à nossa Lua do que se pensava anteriormente. Um estudo divulgado recentemente no periódico Astrophysical Journal Letters traz evidências que sugerem que o asteroide 2024 PT5 tem uma origem próxima à Terra: ele aparenta ser um fragmento de rocha que se desprendeu da superfície lunar após um grande impacto.
De acordo com Teddy Kareta, astrônomo do Observatório Lowell, que coordenou a pesquisa, a equipe tinha uma noção de que o asteroide poderia ser proveniente da Lua, mas a confirmação veio ao descobrirem que ele possuía uma alta concentração de minerais de silicato — não do tipo encontrado em asteroides, mas sim aqueles coletados em amostras de rochas lunares.
A equipe de Kareta utilizou observações do Telescópio Lowell Discovery e da Instalação do Telescópio Infravermelho da NASA no Observatório Mauna Kea, no Havaí, para demonstrar que o espectro da luz solar refletida na superfície do asteroide não correspondia a nenhum tipo conhecido de asteroide. Em vez disso, a luz refletida pelo 2024 PT5 era mais semelhante àquela refletida pelas rochas lunares.
O asteroide desempenhou o papel de “segunda lua” por algumas semanas entre setembro e outubro de 2024. Esses fenômenos, conhecidos como mini-luas, ocorrem com certa frequência, geralmente durando pouco tempo, inferior a uma órbita completa. Quando esses corpos celestes se aproximam da Terra — a cerca de 4,5 milhões de km — e a uma velocidade baixa, aproximadamente 3.500 km/h, eles podem ser capturados pela gravidade terrestre e funcionar como uma lua temporária.