O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de dez dias para que a Câmara dos Deputados apresente informações sobre a proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa proposta foi apresentada pelo deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, que acionou um mandado de segurança para pressionar a Câmara a avançar com a iniciativa. Fux destacou a gravidade das fraudes e solicitou esclarecimentos à Controladoria-Geral da União (CGU), à Polícia Federal e ao INSS sobre as investigações que envolvem descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Além disso, o ministro notificou a Advocacia-Geral da União (AGU), que terá um prazo de 15 dias para se manifestar, e a Procuradoria-Geral da República (PGR), que também deve emitir um parecer sobre o mandado de segurança. Em abril, um grupo de deputados da oposição apresentou um pedido para a criação da CPI do INSS. Apesar de ter conseguido o número necessário de assinaturas, a proposta ainda permanece pendente, aguardando uma decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta.
Nikolas Ferreira é visto como um crucial aliado do Partido Liberal, que busca questionar a imagem do governo Lula através da possível criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o INSS. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou uma sessão do Congresso Nacional agendada para o dia 17 de junho, que poderá promover a oficialização da CPMI. É esperada que essa sessão traga novos avanços na investigação das fraudes no INSS e na atuação dos parlamentares envolvidos.