Na próxima segunda-feira, dia 9, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes realizará os interrogatórios do grupo conhecido como “primeiro núcleo”, composto por oito indivíduos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativas de golpe de Estado. Este grupo inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, entre outros réus. Moraes afirmou que, caso não seja possível ouvir todos na segunda-feira, os interrogatórios poderão se estender para outros dias da semana.
Os réus serão entrevistados na sala da Primeira Turma do STF em Brasília durante a tarde e a noite. O general Walter Braga Netto será interrogado em uma sessão virtual, uma vez que se encontra preso preventivamente no Rio de Janeiro. O interrogatório começará com Mauro Cid, que colaborou com a investigação, seguido pela ordem alfabética dos demais réus.
Nesta última segunda-feira, a Corte ouviu o senador Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional durante a gestão Bolsonaro e testemunha de defesa. Marinho foi a última testemunha a depor sobre o “primeiro núcleo” e afirmou não ter conhecimento de qualquer plano de golpe de Estado por parte do ex-presidente. O senador relatou que, em uma reunião após a eleição de 2022, o clima era de tristeza devido à derrota para Luiz Inácio Lula da Silva, destacando que Bolsonaro estava debilitado por problemas de saúde.
Na semana passada, o senador Ciro Nogueira mencionou que a transição entre os governo de Bolsonaro e Lula começou como uma medida para mitigar a mobilização de caminhoneiros que protestavam nas rodovias, não aceitando os resultados eleitorais. Nogueira, que chefiou a transição sob a orientação de Bolsonaro, enfatizou a necessidade de uma declaração do presidente para orientar o uso das obstruções nas estradas.